Desvendaste-te de rompante
minha serena presença invadiste
Estonteada fiquei na aurora
desse sorriso de garoto deslumbrante
-decidiste
Trancar-me na memória do nosso toque
de novo rendida
Ao deslize dos dedos esguios
- delicados
de novo perdida
- delicados
de novo perdida
Nos destroços da antiga paixão
nossos corpos jazem agora inertes
- desenlaçados
Suz
Sherwood
28 de Julho 2018
©2018 Susanne Marie Ramos França
nossos corpos jazem agora inertes
- desenlaçados
Em desunião
Na tua impetuosidade cavalgaste sem freio
directo à sensação
Levantaste rumos e nuvens de poeira
sem destino ou direcção
Deixaste rastos de impulsos esmagados
num percurso retraçado
Reacendeste a karmica realidade
de um sonho de amor nunca realizado
Como sobreviver então na penitência
à saudade sem curva de regresso
Confinada nesta redoma de desencanto
cumprindo a sentença do meu destino
Sem lagrimas, trancada neste pranto
amaldiçoo-te pelo abate da esperança
- A que me condenaste
E à tua passagem pela vida sem perseverança
- A que te resignaste
Ergo o meu olhar ao teu e sinto
nos teus olhos o adeus sem gesto
No silêncio vieste
- e no silêncio partiste
De alma vazia aceno sem protesto
No definar da faísca que atea a vida
- Agora sem vida
contemplo pela última vez
o teu olhar impotente e triste
E Consagra-se assim
directo à sensação
Levantaste rumos e nuvens de poeira
sem destino ou direcção
Deixaste rastos de impulsos esmagados
num percurso retraçado
Reacendeste a karmica realidade
de um sonho de amor nunca realizado
Como sobreviver então na penitência
à saudade sem curva de regresso
Confinada nesta redoma de desencanto
cumprindo a sentença do meu destino
Sem lagrimas, trancada neste pranto
amaldiçoo-te pelo abate da esperança
- A que me condenaste
E à tua passagem pela vida sem perseverança
- A que te resignaste
Ergo o meu olhar ao teu e sinto
nos teus olhos o adeus sem gesto
No silêncio vieste
- e no silêncio partiste
De alma vazia aceno sem protesto
No definar da faísca que atea a vida
- Agora sem vida
contemplo pela última vez
o teu olhar impotente e triste
E Consagra-se assim
na ferida que reabriste
- a cruel realidade
- a cruel realidade
Do nosso fim...
Suz
Sherwood
28 de Julho 2018
©2018 Susanne Marie Ramos França
