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Mensagens

A mostrar mensagens de 2013

Arte de Viver

Será Que Perdemos a Arte de Viver e Observar?  Quando andei freneticamente a pesquisar jardins-de-infância para o meu filho, foi um stress.  É uma decisão difícil escolher o local e as pessoas em quem se vai confiar um filho. Andei de infantário em infantário, até que lá nos decidimos (eu e o pai) a muito custo. Decisão tomada, chegou o dia em que a criança foi conhecer, e claro, aprovar a decisão dos pais.  Mal nos aproximámos do portão, ele arregalou os olhos, e soltou um berro estridente: “mãe olha….há galinhas!!!”. Não é que no quintal solarengo geminado ao infantário existiam flores, couves, limoeiros, ameixoeiras e galinhas robustas a vaguear livremente com os seus pintos. Fiquei boquiaberta e estupefacta com o facto de ter vindo aqui diversas vezes e não ter reparado neste quintal. Como é possível não reparar num quintal enorme cheio de galinhas num meio urbano? O filho ficou instantaneamente apaixonado pelo infantário e apregoou o...

Maternidade tardia

Maternidade Tardia: As Vantagens! Lembro-me no ano seguinte ao nascimento do meu filho, uma amiga exactamente da minha idade, ter sido avó! Conclusão: ou eu fui mãe muito tarde; ou ela foi avó muito cedo! As desvantagens e os riscos de deixar uma gravidez para uma idade mais avançada são sobejamente conhecidas, mas quais serão as vantagens? A maior vantagem de esperar para ter filhos, deve ser exactamente isso; ter tido tempo de crescer, amadurecer e viver a vida plenamente antes de ter filhos. Psicólogos afirmam que mães mais velhas têm mais serenidade, paciência e sabedoria no processo de educação dos filhos. Outra vantagem pode ser a estabilidade financeira que algumas pessoas mais velhas podem já auferir, em parte devido à menor necessidade de trabalhar longas horas, típico do início de construção de uma carreira profissional. Mas, como tudo na vida, podemos ler e pesquisar estudos que comprovam isto e aquilo, e no caso da maternidade parece que os estud...

Como dar sentido à Morte de uma avó

Como dar Sentido à Morte de Uma Avó! A vida é tão irónica. Presenteou uma amiga minha com o nascimento do seu segundo filho, na mesma semana que faleceu a sua avó. Como lidar simultaneamente com o luto da avó e o nascimento de um filho? Esta avó, como tantas, foi uma mãe, uma amiga, uma companheira e uma confidente. Era daquelas avós que cuidam dos netos com uma ternura e amor infindável, que têm um sorriso eterno e uma enorme dose de bom senso. Quem tem ou teve uma avó assim, lembra-se bem como ela nos defendia sempre perante os nossos pais, quando nos dava um dinheirinho extra sem termos que pedir, como tinha sempre uma sopinha e um bolinho quentinho pronto à nossa espera, como cuidava de nós quando adoecíamos e sabia contar histórias com a expressividade e mistério que só uma avó sabe transmitir. Voltando à minha amiga; como lidamos com o fim do prazer de termos a nossa avó perto? Com o fim de uma geração? É como se ela tivesse levado com ela uma parte da infância, da ado...

Envelhecimento

Era uma vez…uma sociedade que cuidava dos seus idosos! Depressão e Envelhecimento! Era uma vez uma sociedade em que os idosos eram tratados com o devido respeito e atenção, e tinham um papel importante no aconselhamento de assuntos relativos à família e à sociedade no geral. A sabedoria era valorizada e prezada como algo fundamental ao funcionamento da sociedade. A família era o porto seguro dos idosos e os mais jovens sentiam admiração e agradecimento pelos sacrifícios e trabalho de uma vida inteira efectuada por estes idosos. Os aniversários dos idosos eram festejados com alegria e solenidade e podia-se perguntar a uma mulher idosa a sua idade, porque ela responderia com orgulho… Um conto de fadas? Não, felizmente não é! É inspirado na tradição e cultura Japonesa, que tem inclusivamente um dia no ano dedicado aos idosos: O Dia do Respeito ao Idoso; que desde 1966 é decretado feriado nacional. Sim, eu sei... todas as culturas têm qualidades e defeitos. Mas será que nós no ...

Urbanismo

Relação entre Urbanismo e Depressão! Será que o betão nos deprime? Como é que uma pessoa sensível consegue caminhar, conduzir ou simplesmente viver em ambientes urbanísticos agressivos que nos ferem os sentidos diariamente?  É urgente est udar a relação entre o urbanismo e a saúde mental. A epidemia do século XXI é uma epidemia silenciosa: Depressão! A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que, uma em cada quatro pessoas em todo o globo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão. Pior: até 2030, poderá tornar-se na doença que mais pessoas afecta, superando o cancro e as doenças cardíacas. Em Portugal, um em cada cinco utentes que recorrem aos cuidados de saúde primários é-lhe diagnosticada a doença no momento da consulta. E o papel do urbanismo na depressão? Por estranho que pareça, em Portugal existe um único estudo conhecido acerca da relação entre o urbanismo e a depressão, efectuado por Vanda Carreira (2009). O estudo incidiu sobre sete freguesias da cidade do Barre...

Sonhar é viver

Um brinde para todos! Vamos imaginar e sonhar.... Abraço, Susanne

Os Sem-Abrigo: Antes de serem sem abrigo, são pessoas.

Os Sem-Abrigo: Antes de serem sem abrigo, são pessoas. A AMI define um sem abrigo toda a pessoa que não que não possui residência fixa, pernoita na rua, carros e prédios abandonados, estações de metro e de comboio e contentores. O meio em que vive um sem-abrigo é hostil com privação de relações de afecto e ameaças constantes à integridade física e psicológica. A tónica da sobrevivência absorve toda a atenção e rotina do individuo. Deixo-vos um excerto baseado na tese de mestrado de Ana Ferreira Martins: "Mulheres Sem Abrigo na Cidade de Lisboa" - Fevereiro de 2007 “Todos os seres humanos têm direitos e deveres. Encarar o fenómeno dos sem-abrigo como "coitados dos pobrezinhos" não ajuda ninguém a sair do ciclo reprodutivo da pobreza, "Filho(a) de sem abrigo será sem abrigo". A visão paternalista, de cima para baixo, de lidar com as questões da pobreza não promove a eliminação da mesma. A igualdade de oportunidades para todo(a)s exige o exerc...

Facebook

Facebook: Dr. Jekyll e Mr. Hyde??? É no mínimo irónico que o Facebook que tem como missão “ajudar a conectar-se e a partilhar com as pessoas da sua vida”, seja causa de sentimentos fortes como inveja, solidão, frustração e angustia. Quem o diz é um estudo alemão, que envolveu 600 pessoas, e concluiu Facebook nos pode fazer sentir mesmo muito mal. Consta que ao vermos fotografias das férias dos nossos “amigos” somos assolados por sentimentos de inveja, e ficamos frustrados quando os nossos “amigos” obtêm mais “likes” do que nós… Se encararmos o Facebook como uma comunidade, seja ela virtual ou não, são pessoas que a constituem, e os sentimentos de frustração, inveja e solidão, são inerentes ao ser-se humano, seja em que contexto for. Será que pensaram que o Facebook pelo seu caracter virtual, ia transformar o nosso mundo num paraíso? Encarando o lado positivo do Facebook, pensemos na comunidade idosa, nas populações isoladas geograficamente e na populações com doenças ou difi...

Infidelidade

Infidelidade! Homens são mesmo de Marte e as mulheres de Vénus??? Se na sua opinião os homens dão mais importância ao envolvimento sexual numa relação e as mulheres ao envolvimento emocional ….então se calhar o senso comum não está assim tão longe da verdade. Um estudo acerca das opiniões masculinas e femininas sobre a problemática da infidelidade, mostrou que os homens ficavam mais perturbados com a ideia das mulheres serem infiéis quando o envolvimento incluía a intimidade sexual, e as mulheres ficavam mais perturbadas quando os homens se envolviam emocionalmente com outra mulher….. Adicionalmente, os homens mais facilmente acreditavam que as mulheres têm maior probabilidade de ter relações sexuais quando estão apaixonadas, mas as mulheres acreditam que os homens têm a mesma probabilidade de terem relações sexuais quer estejam ou não apaixonados… . Surpreendido/a? Qual a sua opinião? Quais serão as causas destas diferenças ? Um Abraço Susanne M. França ...

Chucha

Uma situação caricata aconteceu hoje na minha rotina matinal….Qual não é o meu espanto quando ouço os soluços desesperados do meu filho, e me deparo com ele sentado na sanita lavado em lágrimas… Entre os soluços sonoros, lá consegui percebe r que a famosa amiga chucha tinha caído dentro da sanita…e estava num estado irreconhecível. Isto para um adulto pode parecer básico e pratico! Deita-se a chucha no lixo e pronto! E convencer a criança de que isto tem que ser feito? Pois… tivemos que negociar de tal modo a questão da chucha que logo de manhã tive que assistir a uma cerimonia "fúnebre" da chucha, liderada pelo meu filho. Fiquei a pensar nisto, e, realmente por muito ridículo que a história soe, num mundo de uma criança deitar no lixo a sua chucha, deve ser uma perda dolorosa que merece ser respeitada e assinalada. E no nosso universo adulto? Quantas perdas sofremos, sem sequer reconhecermos o seu impacto na nossa vida e comportamento? Muita coisa na vida tem valor simbóli...

Para Onde Foi o Amor? – Relacionamentos Virtuais

Para Onde Foi o Amor? – Relacionamentos Virtuais O consumismo e o avanço das tecnologias caracterizam e marcam a sociedade contemporânea. Os relacionamentos online ganham destaque e tornaram-se uma realidade comum e rotineira no nosso dia-a-dia. Será que os relacionamentos adoptaram as características típicas do resto da nossa vida: desejo de satisfação rápida das nossas necessidades; dificuldade de lidar com a frustração; individualismo, etc? E os relacionamentos? Será que perdemos a naturalidade e o mistério associado a conhecer uma pessoa? Será que os relacionamentos online são pautados pelo que as pessoas aparentam e “escolhem” ser e não pelo que são? Será que podemos afirmar que conhecemos realmente a pessoa com quem nos relacionamos? Será que o ecrã serve de escudo e nos permite protecção? Será... Há autores que defendem que os relacionamentos ciber perderam a magia e tornaram as relações humanas descartáveis e pautadas pela quantidade e não pela qualidad...

Luto da morte de um animal de estimação!

Luto da morte de um animal de estimação! " O que torna comovedora a dedicação do cão, é que ele a manifesta apenas com provas." Condessa Diane Fala-se muito no luto por morte de um ente querido, mas pouco se tem falado do luto pela morte de um animal de estimação. Existem pessoas que ainda acham ridículo alguém ficar totalmente devastado quando tem que decidir a eutanásia de um animal e lidar com a perda da sua presença e companhia. Lembro-me quando eu era mais nova e me morreu um cachorro lindo e meigo, e eu fiquei de tal modo que nem consegui ir trabalhar, alguém olhou para mim e me disse “mas era só um cão….” Um cão fica ao nosso lado quando ficamos em casa doentes e não larga os pés da nossa cama….um cão salta de alegria quando chegamos a casa do trabalho…um cão enrosca-se no nosso colo quando vemos televisão…um cão é, e será sempre o amigo mais fiel e incondicional que um ser humano pode ter. Sentirmos a perda quando esse cão nos deixa depois d...

Rat Race

Rat Race “O estudo, que em Portugal decorreu entre 16 e 29 de Novembro e envolveu 500 pessoas, com idades entre 25 e 65 anos, revela também que sete em cada 10 portugueses (74%) afirmam não ter tempo para fazerem aquilo que mais gostariam” Agência Lusa, 20 Dezembro, 2010 Conhece a expressão rat race ? Aquela luta constante, inútil e desgastante que parece caracterizar a vida quotidiana das sociedades modernas. A expressão rat race é inspirada na imagem, um pouco desanimadora, dos ratinhos de laboratório nas suas gaiolas a correr desalmadamente nas suas rodas. Correr tanto para quê se não saem do mesmo lugar? Correr tanto porquê? Nunca se sentiu um pouco como os ratinhos de laboratório? Acabamos por aderir à correria do rat race porque temos que pagar as contas no fim do mês, a mensalidade do ginásio (que frequentámos duas vezes no ultimo ano), levar a filha à natação, aulas de viola e ballet, levar o filho ao Karaté, ir ao supermercado…….. Já se está a s...

Alma nunca “pensa” sem uma imagem mental” – Será que Aristóteles tinha razão?

De acordo com o psicólogo e investigador Steven Pinker, as nossas vivências são representadas nas nossas mentes em forma de imagens mentais, formando ecos e reconstruções das percepções das nossas experiências do presente, memórias do passado e antecipações de situações e emoções do futuro.   Quando falamos em imagética, geralmente pensamos em visualização. A imagética usa certamente a componente visual, mas a sensibilidade auditiva, visual, olfactiva, gustativa e cinestésica é poderosa, e surge em todos nós em diferentes graus e intensidades. Quem não se lembra de ter ouvido uma música e ser automaticamente transportado/a para uma situação no passado em que essa música teve um significado especial? Entramos num estado alterado de consciência, e saímos do momento presente, vivenciando e sentindo a experiência do passado como se ela estivesse a acontecer agora! Isto é um estado de hipnose! É o pensamento na sua qualidade sensorial pura. Imagética e Cura: Criar novas im...