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Homenagem a Jo Cox Raça só há uma: A humana!

Homenagem a Jo Cox
Raça só há uma: A humana!
Meu filho ontem foi a uma visita de estudo a uma Sinagoga. Aos 7 anos já aprendeu na escola acerca do Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e até Budismo. Brinca e é feliz na escola com amigos e não liga à cor da pele, religião ou grupo étnico. Mas é ainda uma criança...

A brutalidade do assassinato de Jo Cox chocou-me profundamente. Uma mãe, activista e defensora dos carenciados e desprotegidos. Uma apaixonada pela vida que em 41 anos fez um trabalho exemplar ilustrativo de compaixão e determinação.  O criminoso que a assassinou,  identificou -se no tribunal de " Death to traitors, freedom for Britain". Entrou calmo e sem remorsos. Psicopata, Neo-nazi, terrorista? Chamem-lhe o que lhe quiserem chamar, este fulano ainda me arrepia mais do que o chamado estado islâmico. Ambos pura natureza humana no seu pior!

Por outro lado, Bernard Carter-Kenny, 77 anos, personifica a natureza humana no seu melhor. Arriscou a vida ao tentar salvar a vida de Jo Cox.  Pessoas como ele fazem-me acreditar que talvez no fim disto tudo, a bondade e a coragem perdurem.

No entanto, é difícil conceber que os filhos de Jo Cox nunca mais vejam o sorriso da mãe, um sorriso traquina de criança, que não olhava a cor de pele, crença ou descendência.

É nosso dever manter viva a alma das vítimas da maldade e do ódio espalhadas pelos quatro cantos do mundo.

Porque raça só há uma:a humana!

Obrigado por terem lido
 Susanne M. França


©2017 Susanne Marie Ramos França

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