Desvendaste-te de rompante minha serena presença invadiste Estonteada fiquei na aurora desse sorriso de garoto deslumbrante -decidiste Trancar-me na memória do nosso toque de novo rendida Ao deslize dos dedos esguios - delicados de novo perdida Nos destroços da antiga paixão nossos corpos jazem agora inertes - desenlaçados Em desunião Na tua impetuosidade cavalgaste sem freio directo à sensação Levantaste rumos e nuvens de poeira sem destino ou direcção Deixaste rastos de impulsos esmagados num percurso retraçado Reacendeste a karmica realidade de um sonho de amor nunca realizado Como sobreviver então na penitência à saudade sem curva de regresso Confinada nesta redoma de desencanto cumprindo a sentença do meu destino Sem lagrimas, trancada neste pranto amaldiçoo-te pelo abate da esperança - A que me condenaste E à tua passagem pela vida sem perseverança - A que te resignaste Ergo o meu olhar ao teu e sinto nos teus olhos o adeus sem gesto No silênc...
Fragmentos... Nunca lineares... Simplesmente oblíquos! ©2013 Susanne Marie Ramos França